Cultura e Personalidades

Neste espaço encontrarás:

- Temas culturais;
- Artigos sobre personalidades Históricas;

Friday, February 22, 2008

O conhecimento e o estatuto social


Ao longo da história, durante muitos séculos, o conhecimento era reservado aos membros pertencentes às camadas sociais mais poderosas. A grande maioria da população dedicava-se à agricultura, nas aldeias, ou desempenhava funções subalternas na cidade. Sem dúvida que o estilo de vida das pessoas era determinado pelas posses das suas famílias: se alguém nascesse num meio pobre, iria permanecer pobre ao longo da vida.
No início do século XX, toda a população portuguesa passou a ter acesso livre ao ensino primário. Este seria, à partida, um importante passo, que dava oportunidade às pessoas pobres de lutarem por melhores condições e dignificarem as suas existências.
Mas, infelizmente, assim não sucedeu, pois ao longo deste século, a pobreza persistia entre o povo português.
Só muitos anos mais tarde, no final do século XX, a barreira que se erguia entre os nobres e “bem – nascidos” e os menos favorecidos, com instrução, foi destruída e finalmente os mais desfavorecidos puderam realizar os seus sonhos e ambições, proporcionando ao mesmo tempo uma vida mais digna aos seus filhos e familiares. No entanto, todos sabemos que, ainda hoje, as desigualdades persistem na nossa sociedade, mas, devemos a todo o custo contribuir para a sua desaparição, fazendo do conhecimento e do trabalho uma via segura para a felicidade.

Thursday, January 31, 2008

Max Weber

Como manter a humanidade?...
"…é horrível pensar que um dia o mundo será ocupado somente por estas pequenas peças, por pequenos homens que se agarram a pequenos empregos e procuram obter outros maiores – uma situação que…tem um papel crescente no espírito de nosso sistema administrativo presente…Esta paixão pela burocracia é suficiente para pôr-nos em desespero…A grande questão não é saber como promover e estimular esta evolução, mas como se opor a esta máquina para manter uma parte da humanidade livre desse desmembramento da alma, desta suprema dominação do modo burocrático de vida."
Max Weber,
Gesammelte Aufsätze zur Soziologie und Sozialpolitik

Wednesday, January 23, 2008

Amadora, um caso notável de crescimento ...



Certo dia, ao navegar na Internet, procurando satisfazer curiosidades, encontro uma história extremamente interessante, que me elucidou acerca do espontâneo crescimento da minha cidade.Muitos habitantes da Amadora, certamente que se encontram a par da significativa mudança que transformou este local numa cidade. Mas, ainda assim, é difícil imaginar rebanhos de ovelhas pastando, no mesmo local onde hoje vemos enormes filas de carros! É igualmente complicado imaginar enormes extensões de terreno, onde outrora era costume semear trigo e outras culturas, enquanto olhamos para o “Parque Central”, local, onde hoje em dia, vemos imensas pessoas a passear e jogar.Esta é, portanto, uma história invulgar que caracteriza a época “particular” em que vivemos…

Aqueduto Romano da Amadora

O Aqueduto Romano da Amadora, tem origem na barragem Romana de Belas e percorre um longo trajecto ao longo da camada sobranceira ao Vale da Ribeira de Carenque até à Amadora (Bairro daMina). Conhecem-se ainda 14 troços, numa extensão aproximada de1300 metros por onde corria a água num caudal capaz de abastecer um aglomerado populacional, equivalente à cidade Romana de Pompeia.Quanto a referências históricas, e com data 1620, Leonardo Torriano apresentou por carta ao rei, um projecto para a condução da Água Livre até à cidade de Lisboa. Dava 4 alternativas, todas com início junto à estrada de Benfica e todas aparentemente viáveis, embora com custos distintos.No 4º e último " caminho para a condução da Água Livre", apontam exactamente para o antigo aqueduto dos romanos, o qual, por ir 10 palmos acima daquela estrada, podia dar água a ambas as partes de Lisboa, a S. Roque e sobre à Porta de Santo André, entre a Graça e o Castelo, um local onde ainda existe a Calçada de Santo André.Havia portanto já noticia clara do velho Aqueduto Romano. Mas até já antes, no final do terceiro quartel do século XVI, Francisco de Holanda escrevia a D. Sebastião, apelando a construção de um aqueduto que servisse a população de Lisboa e sugeria que se recuperasse o aqueduto romano."Lisboa, onde todos bebem água não tem mais que um estreito chafariz para tanta gente, e outros para cavalos".Por ventura é menos Lisboa que Mérida...ou é menor que Segóvia, onde hoje em dia se vêm os dobrados arcos, uns sobre outros de pedraria muito forte?... Ora se Lisboa tem presunção de maior e mais nobre cidade do mundo, como não tem o mais excelente templo ou Sé do mundo? Como não tem o melhor castelo e fortalezas do mundo?Como não tem melhores muros e paços do mundo?E finalmente como não tem água para beber à gente do mundo?Recomendava ao Rei que imitasse aos Romanos que trouxeram água livre até Lisboa duma distância de duas léguas, por condutas debaixo de terra, subterrâneas e furando muitos montes e com muito gosto e trabalho, não sendo Lisboa sua, afora outras águas que trouxeram até à cidade também de muitos propósitos como se querem e eles faziam tais obras...Aparentemente, nenhuma destas cartas surtiu qualquer efeito. No entanto, sabe-se que em 1617, o arquitecto Pedro Nunes Tinoco, apresentou um possível projecto para um aqueduto de água livre e tomando como referência o local de construção de uma antiga barragem a que davam o nome de "Fábrica que os Mouros fizeram para o efeito de represarem água do rio e fazerem nele um lago". Ao que consta no ano seguinte, a câmara estudou e deliberou o projecto em conformidade, "que se trouxesse a esta cidade, a fonte da água livre que já em tempos antigos veio a ela como se vê dos sinais dos canos que ainda hoje se acham..."Por então e nesse mesmo ano de 1618, o arquitecto Tinoco prosseguia com o projecto do seu novo aqueduto, referindo-se uma vez mais, ao que os romanos haviam construído:"...e daí, vai o aqueduto encaminhando ao longo do Ribeiro até à água livre e atravessando junto a ela pela fábrica antiga que fizeram os romanos... a muralha antiga que fizeram os romanos dista da fonte de água livre seiscentos palmos (130 m)... da qual muralha se há de reformar a ruína (aponta o mau estado de vários troços a necessitarem de restauro) que têm em uma ponta para efeito que por ela há de atravessar o aqueduto que vem das fontes acima, para se juntar com a Mãe de água livre"...Terminava, mencionando "o cabeço da pedreira debaixo da qual vai o cano dos antigos... e que dista da água livre cerca de 13869 palmos (+ 3050 m)", o que corresponde a um troço que corria ao longo da Ribeira de Carenque, entre a povoação de Carenque e o lugar da Gargantada.Estas referências são suficientes para permitirem várias conclusões: desde logo que a cidade de Lisboa necessitava de água urgentemente. Que sempre terá havido uma barragem, inicialmente romana situada no Vale da Ribeira de Carenque e que daí a água descia pelo Vale, por um trajecto que no século XVIII foi seguido com a construção do Aqueduto das Águas Livres. Que há troços referidos nessas informações, alguns deles ainda detectáveis identificados entre Carenque e Amadora, numa extensão de 1300 m. Que o aqueduto romano corria a uma quota entre os 140.1 m e os 137.5 m, aproveitando-se da morfologia dos terrenos por forma a não encarecer os custos como trabalhos de engenharia de maior envergadura, ao aproveitar-se das curvas de nível...Em 1731, Manuel da Maia referindo-se ao projecto para as águas livres no Bairro Alto, voltou a referir o aqueduto romano, descrevendo com algum pormenor, as noticias que tinha acerca da sua extensão, do processo de construção e de materiais utilizados para um troço de aproximadamente 2600 m, nas proximidades.Os trabalhos arqueológicos só vieram a ser efectuados com rigor científico por João CarlosViegas e António Guilherme Gonzalez em 1979, ano em que os resultados foram publicados pela Câmara Municipal da Amadora - gabinete de arqueologia urbana e, ainda assim referentes a um só troço, dito sul, situado junto ao Bairro da Mina.
Nota:O texto que acabaram de ler estava na internet sem autoria.

O Ramadão

Actualmente existem muitas religiões, cujas crenças foram amplamente difundidas, sendo praticadas um pouco por todo o mundo. Um dos costumes que mais desperta a minha atenção é o Ramadão.
Os muçulmanos cumprem esta tradição, jejuando desde a alvorada até ao pôr-do-sol; isto implica que, os seus seguidores não podem comer ou beber durante este período. Existem, porém, duas grandes faixas etárias, que constituem a excepção a esta regra: as crianças e os idosos.
Apesar da rigidez imposta pelo Ramadão, este período deve ser dedicado à reflexão, oração e à prática do bem. Nesta altura, são privilegiados alguns valores e entidades como a caridade para com os pobres, que representa um dos principais deveres de qualquer praticante do Islão; a família e a correcção pessoal. No que diz respeito a esta última obrigação, os muçulmanos devem abster-se de fumar ou de ter relações sexuais durante o dia.
Apesar dos propósitos nobres, que esta prática pretende incutir nos seus seguidores, muitos religiosos radicais vêem este período como uma óptima oportunidade para reclamar os seus direitos, usando para tal a violência.